Terça-feira, 28 de Outubro de 2008
Vida de morte
Porque há-de estar contente,
O que escreve o que traz na alma?
Aquele que sonha e que sente?
O poeta não vive a calma!

Vive o seu momento triste,
Em todos e cada um de seu dia,
Olhando que mais nada existe...
Só a sua inolvidável agonia.

Percorrendo cada palmo de chão,
Buscando o outro lado da sorte,
Sem nunca encontrar a razão
Para não ter esperança na morte.

Iludindo a própria existência
Com odes e festejos sem sentido.
Mergulhado no sono da demência
Num lago imundo e fedido.

Quisera ele ter alegria
Que a alma lhe saltasse do peito
Descobrir na vida a euforia
Ser em cada momento um eleito

Mas logo o lodo do lago imundo
Seu corpo e alma arrebataria
Puxando e prendendo-o no fundo
Seu corpo morto não se veja um dia

E nesta luta infame e desigual
Que nos lembra David e Golias
Aquele que escreve tem vida infernal
Por sentir, amar e sonhar todos os dias


publicado por escrevernareia às 22:59
link do post | comentar | favorito

mais sobre mim
pesquisar
 
Janeiro 2012
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6
7

8
9
10
12
13
14

15
16
17
19
20
21

22
23
24
25
26
27
28

29
30
31


posts recentes

Vida de morte

arquivos

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

tags

todas as tags

blogs SAPO
subscrever feeds
Em destaque no SAPO Blogs
pub